No mês dedicado à conscientização sobre a doença, hematologista da Oncomed-MT fala sobre sintomas, fatores de risco e tratamento
Você sabe o que é Linfoma? Tipo de câncer do sangue, ele surge no sistema linfático, que é composto por órgãos e gânglios responsáveis pela imunidade do corpo. O principal sinal da doença chama atenção: há um aumento no volume dos gânglios, formando caroços nas regiões afetadas, que podem ocorrer por todo o corpo. Dividido em dois grandes grupos Hodgkin (LH) e não-Hodgkin (LNH), podem apresentar comportamento e grau de agressividade diferentes.
Mais comum em pessoas entre 15 e 35 e acima dos 55 anos, o linfoma de Hodgkin ocorre em um tipo de célula conhecido como célula de Reed-Sternberge. Já o não-Hodgkin (LNH) apresenta maior frequência em pessoas mais velhas e pode surgir em outras células do sistema linfático. Um caso que ganhou destaque na mídia recentemente é o do cantor e compositor Jorge Aragão, de 74 anos, diagnosticado com o subtipo LNH.
No mês dedicado à conscientização sobre linfomas, a hematologista da Oncomed-MT Angeline Crivelatti alerta para os fatores de risco da doença. “Apesar de não ter uma causa definida, alguns linfomas estão relacionados a infecções crônicas como as relacionadas aos vírus Linfotrópico da célula T humana (HTLV), Epstein-Barr, também chamado de herpes vírus humano, da Imunodeficiência Humana (HIV) e bactéria H. Pylori, presente no estômago e principal causadora de gastrite e úlceras gástricas”.
A especialista observa ainda que os pacientes diagnosticados com doenças autoimunes, diante do uso contínuo de medicamentos imunossupressores, também estão incluídos no grupo de risco da doença. “Além dos caroços, outros sinais devem ser considerados para o diagnóstico. Costumamos chamar de sintomas B que geralmente são confundidos com sintomas de outras doenças como febres, sudorese noturna, além do cansaço e perda de peso”.
Tratamento – A modalidade de tratamento vai depender do subtipo e do estágio da doença. Dos grandes grupos, ambos são curáveis, mas possuem tratamentos diferentes. Os linfomas de Hodgkin são tratados com a quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia ou combinadas. Essas modalidades também são aplicadas a alguns tipos de não-Hodgkin. Denominados de indolentes, alguns subtipos de linfomas Não Hodgkin não necessariamente vão precisar de um tratamento. Nestes casos, são apenas observados e acompanhados por um médico.
Para saber mais – O site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (www.abrale.org.br) concentra importantes informações sobre câncer e doenças do sangue. A entidade é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2002 por pacientes e familiares.